2007-01-31

rüya tabirleri

.
.
.
:: ::

Sousândrade II

1. (O GUESA, tendo atravessado as Antilhas, crê-se livre dos
XEQUES e penetra em NEW-YORK-STOCK-EXCHANGE; a Voz
dos desertos: )

— Orfeu, Dante, Enéas, ao inferno
Desceram; o Inca há de subir...
= Ogni sp'ranza lasciate,
Che entrate...
Swendenborg, há mundo porvir?

2. (Xeques surgindo risonhos e disfarçados em Railroad-managers,
Stockjobbers, Pimpbrokers etc. etc., apregoando: )

— Harlem! Erie! Central! Pennsylvania!
= Milhão! Cem milhões!! Mil milhões!!!
— Young é Grant! Jackson,
Atkinson!
Vanderbilts, Jay Gould, anões!

[em O Guesa Errante (entre 1854 e 1884) - Sousândrade]

Pacheco Pereira II



Pacheco Pereira II

Barões de Campos Gerais
Barões de Nossa Senhora das Mercês

Barões de Ribeira de Pena

Barões de Sabará

Barões de São Francisco

Condes de Alcaudete

Condes de Castañeda

Condes de Peñaranda de Bracamonte

Condes de Puebla de Montalbán

Condes de San Esteban

Condes de Ureña

Duques de Escalona

Duques de Uceda

Marqueses de Aguilar de Campoo

Marqueses de Carralbo

Marqueses de Palacios

Marqueses de Soydos

Marqueses de Villena

Senhores da Casa de Amolar
Senhores de Aveloso
Senhores de Belmonte
Senhores de Cerralbo
Senhores de Favelães
Senhores de Ferreira
Senhores de Ferreira de Aves
Senhores de la Puebla de Montalbán

Senhores de Ledesma
Senhores do Ninho do Azor
Viscondes da Vinha Brava
Viscondes de São Francisco
Viscondes de Sarzedo

Sousândrade

[Lygia Fingers - 1953 - Augusto Campos (aqui, para ouvir)]





















- a poesia concreta começa por assumir uma responsabilidade total perante a linguagem: aceitando o pressuposto do idioma histórico como núcleo indispensável de comunicação, recusa-se a absorver as palavras com meros veículos indiferentes, sem vida sem personalidade sem história - túmulos-tabu com que a convenção insiste em sepultar a idéia.
- o poeta concreto não volta a face às palavras, não lhes lança olhares oblíquos: vai direto ao seu centro, para viver e vivificar a sua facticidade.
- o poeta concreto vê a palavra em si mesma - campo magnético de possibilidades - como um objeto dinâmico, uma célula viva, um organismo completo, com propriedades psicofisicoquímicas tacto antenas circulação coraação: viva. - longe de procurar evadir-se da realidade ou iludí-la, pretende a poesia concreta, contra a introspecção autodebilitante e contra o realismo simplista e simplório, situar-se de frente para as coisas, aberta, em posição de realismo absoluto.
- o velho alicerce formal e silogístico-discursivo, fortemente abalado no começo do século, voltou a servir de escora às ruínas de uma poética comprometida, híbrido anacrônico de coração atômico e couraça medieval.
- contra a organização sintática perspectivista, onde as palavras vêm sentar-se como "cadáveres em banquete", a poesia concreta opõe um novo sentido de estrutura, capaz de, no momento histórico, captar, sem desgaste ou regressão, o cerne da experiência humana poetizável.
- mallarmé (un coup de dés-1897), joyce (finnegans wake), pound (cantos-ideograma), cummings e, num segundo plano, apollinaire (calligrammes) e as tentativas experimentais futuristasdadaistas estão na raíz do novo procedimento poético, que tende a imporse à organização convencional cuja unidade formal é o verso (livre inclusive).
- o poema concreto ou ideograma passa a ser um campo relacional de funções. o núcleo poético é posto em evidencia não mais pelo encadeamento sucessivo e linear de versos, mas por um sistema de relações e equilíbrios entre quaisquer parses do poema.
- funções-relações gráfico-fonéticas ("fatores de proximidade e semelhança") e o uso substantivo do espaço como elemento de composição entretêm uma dialética simultânea de olho e fôlego, que, aliada à síntese ideogrâmica do significado, cria uma totalidade sensível "verbivocovisual", de modo a justapor palavras e experiência num estreito colamento fenomenológico, antes impossível.
- POESIA-CONCRETA: TENSÃO DE PALAVRAS-COISAS NO ESPAÇO-TEMPO

[Augusto de Campos, POESIA CONCRETA: UM MANIFESTO, publicado originalmente na revista ad - arquitetura e decoração, são paulo, novembro/dezembro de 1956, n° 20]

Pacheco Pereira


[Augusto Roquemont 1830-40 Retrato da família Pacheco Pereira, sendo representados
João Pacheco Pereira de Souza Peixoto de Carvalho e seus irmãos José e Mariana
]
::

2007-01-30

2007-01-29

Sayn-Wittgenstein-Sayn II

[+ e +]


































[Andrew Warhola & Marianne Prinzessin
zu Sayn-Wittgenstein-
Sayn]

Ceci n'est pas Magritte

2007-01-28

Gusev occasus


2007-01-27

cada canción anuncia un crimen


[Dowload Marrakesh Ricardo Angélico 2006]

The Martians seem to have calculated their descent with amazing subtlety--their mathematical learning is evidently far in excess of ours--and to have carried out their preparations with a well-nigh perfect unanimity. Had our instruments permitted it, we might have seen the gathering trouble far back in the nineteenth century. Men like Schiaparelli watched the red planet--it is odd, by-the-bye, that for countless centuries Mars has been the star of war--but failed to interpret the fluctuating appearances of the markings they mapped so well. All that time the Martians must have been getting ready.

Pat Machine

Esta canção é para ti ;-]

Sri Srimad Bhaktivedanta Narayana Maharaja took birth on February 19th, 1921, on the amavasya (new moon) day. He appeared in a highly educated and respected brahmana family in the famous village of Tivaripura in the Boksar district of Bihar. Tivaripura was situated on the banks of Patipavani Bhagavat Ganga, but she has since shifted her course and is now some distance away. Tivaripura is a village where only brahmanas live; everyone is educated and prosperous. The name of Tridandisvami Sri Srimad Bhaktivedanta Narayana Maharaja in his purvasrama was Sriman Narayana Tivari. His father's name was Pandita Balesvarnatha Tivari and his mother was Srimati Laksmi Devi. Both parents were virtuous, altruistic, truthful and above all, Vaisnavas of the Sri Sampradaya. The people of the nearby villages held them in high esteem. His parents and relatives gave him the name Sriman Narayana. In the future this name would become well-known. However, everyone called him Bholanatha because as a child he was very peaceful. A special taste for dharma was evident even during his childhood; he was always naturally chanting the name of Bhagavan, without any order or instruction. Srimad-Bhagavatam, Gita, Ramayana, Mahabharata and other scriptures were read at home and the boy eagerly heard them with great faith. In fact, he completely memorized Ramayana, Mahabharata and other stories.

[+]-[+]-[+]

Margaret "Gretl" Stonborough






2007-01-26

Christina Mirabilis



Christina the Astonishing Lived a long time ago She was stricken with a seizure At the age of twenty-two They took her body in a coffin To a tiny church in Liége Where she sprang up from the coffin Just after the Agnus Dei She soared up to the rafters Perched on a beam up there Cried, "The stink of human sin Is more than I can bear" Christina the Astonishing Was the most astonishing of all She prayed balanced on a hurdle Or curled up into a ball She fled to remote places Climbed towers and trees and walls To escape the stench of human corruption Into an oven she did crawl Christina the Astonishing Behaved in a terrifying manner Died at the age of seventy-four In the convent of St. Anna
Nick Cave
[§][0][§]

Sayn-Wittgenstein-Sayn

[Retrato de Leonille Baratinsky, Princesa de Sayn-Wittgenstein-Sayn - (esposa de Ludwig, Príncipe, Filho Primogénito do Rei e Herdeiro Presuntivo da Coroa de Sayn-Wittgenstein-Sayn) por Franz Xaver Winterhalter em 1843]


The holy Martyr Leonilla, together with her grandsons the Martyrs Speusippus, Eleusippus, and Meleusippus, suffered for Christ in France in the reign of the Emperor Marcus Aurelius (161-180). The three brothers were triplets. At first, only Leonilla was a Christian, while her grandsons were pagans. After much advice on the part of the pious Leonilla and a local priest, the three brothers were baptized. Being baptized, they began to witness their faith with youthful fervor, and in their zeal went out and smashed all the idols in the area. Accused and brought before the judge, they acknowledged their actions and openly confessed their faith in Christ.
The judge threw them into prison, then summoned their grandmother and directed her to go to the prison and counsel her grandsons to deny Christ and to worship the idols. Leonilla went off without a word to the prison. Instead of advising her grandsons to deny the true faith, however, she encouraged them not to give up, but to persevere to the end in all their sufferings and to die for Christ. When the judge examined them again and saw their yet stronger steadfastness in the faith, he condemned them to death. All three were first hanged on one tree, where they hung 'like strings of a lute,' and after that flogged, and then finally burned. A woman, Jovilla, stirred by the courage of these martyrs, cried out, "I too am a Christian!" They immediately seized her and beheaded her with a sword, together with the aged St. Leonilla. The Greek Emperor Zeno (474-491) handed the relics to a French nobleman from the town of Lantre, where they remain to this day.

menina Alice


[o][o]

2007-01-25

Portmanteau



Jabberwocky

'Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe;
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.
'Beware the Jabberwock, my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird, and shun
The frumious Bandersnatch!'
He took his vorpal sword in hand:
Long time the manxome foe he sought--
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.
And as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!
One, two! One, two! And through and through
The vorpal blade went snicker-snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.
'And hast thou slain the Jabberwock?
Come to my arms, my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!'
He chortled in his joy.
'Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe;
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.
[Jabberwocky, Lewis Carroll aka Charles Lutwidge Dodgson, 1871] +
Foto: Charles L. Dodgson,
Margaret Anne e Henrietta Mary Lutwidge jogando xadrez, ca 1859 +


Jaguardarte

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,

E os momirratos davam grilvos.

``Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!''

Êle arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvora Tamtam êle afinal
Parou, um dia, sonilundo.

E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

``Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!''
Êle se ria jubileu.

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

[Jaguardarte, tradução de Augusto de Campos, 1971]


Gabberbocchus

Hora aderat briligi. Nunc et Slythia Tova
Plurima gyrabant gymbolitare vabo;
Et Borogovorum mimzebant undique formae,
Momiferique omnes exgrabure Rathi.

"Cave, Gaberbocchum moneo tibi, nate cavendum
(Unguibus ille rapit. Dentibus ille necat.)
Et fuge Jubbubum, quo non infestior ales,
Et Bandersnatcham, quae fremit usque, cave."

Ille autem gladium vorpalem cepit, et hostem
Manxonium long sedulitate petit;
Tum sub tumtummi requiescens arboris umbr
Stabat tranquillus, multa animo meditans.

Dum requiescebat meditans uffishia, monstrum
Praesens ecce! oculis cui fera flamma micat,
Ipse Gaberbocchus dumeta per horrida sifflans
Ibat, et horrendum burbuliabat iens!

Ter, quater, atque iterum cito vorpalissimus ensis
Snicsnaccans penitus viscera dissecuit.
Exanimum corpus linquens caput abstulit heros
Quocum galumphat multa, domumque redit.

"Tune Gaberbocchum potuisti, nate, necare?
Bemiscens puer! ad brachia nostra veni.
Oh! frabiusce dies! iterumque caloque calque
Laetus eo" ut chortlet chortla superba senex.

Hora aderat briligi. Nunc et Slythia Tova
Plurima gyrabant gymbolitare vabo;
Et Borogovorum mimzebant undique formae,
Momiferique omnes exgrabure Rathi.

[Gaberbocchus, trad. Hassard H. Dodgson (tio de Charles Dodgson)]


[Jabberwocky]

Il était Roparant, et les Vliqueux tarands
Allaient en gibroyant et en brimbulkdriquant
Jusque-là où la rourghe est à rouarghe à ramgmbde et rangmbde à rouarghambde:
Tous les falomitards étaient les chats-huants
Et les Ghoré Uk'hatis dans le Grabugeument

[Antonin Artaud, Tentative antigrammaticale contre Lewis Carroll. L'Arbalète, nº12]

2007-01-24

galB






















[Miklós Barabás, Galambposta, 1843, Magyar Nemzeti Galéria, Budapest]

Textos em três línguas para empurrar uma pessoa com muitas (pelo menos 4):

«Como me sinto inquieta», pensou Clementina, debruçada à janela.
O jardim doirava-se ao sol.
Não sei onde eles estão, o Noël, o Joël ou o Citroën. Podem, entretanto, ter caído ao poço, ou comido alguns frutos envenenados, ou apanhado com alguma seta num olho, se algum outro miúdo anda a brincar no meio da estrada com um arco, ou podem ter sido contaminados pela tuberculose, se algum bacilo de Koch se meteu de permeio, ou terem perdido os sentidos, se cheiraram alguma flor de perfume muito intenso, ou terem sido picados por um escorpião trazido pelo avô de algum garoto da aldeia, algum célebre explorador que tenha chegado há pouco da terra dos escorpiões, ou terem caído de uma árvore abaixo, ou corrido, depressa demais e partido uma perna, ou brincado com a água e afogado, ou descido a falésia e estampado e quebrado a espinha, ou arranhado nalgum arame ferrugento e apanhado o tétano; foram até ao fundo do jardim e viraram uma pedra, debaixo da qual havia uma pequena larva amarela que vai desenvolver-se num abrir e fechar de olhos, e voar em direcção à aldeia, e introduzir-se no estábulo de um touro bravo e picá-lo no focinho; o touro sai do estábulo, deita tudo abaixo, e ei-lo que mete pernas ao caminho, em direcção a esta casa, vem de lá como doido, deixa tufos de pêlo negro em cada curva, presos às moitas de uva-espim; e, mesmo em frente de casa, lança-se de cabeça baixa contra uma pesada carroça puxada por um cavalicoque meio cego. Com o choque, a carroça desmantela-se e um pedaço de metal é projectado no ar a uma altura incrível; possivelmente um parafuso, uma cavilha, uma porca, um prego,
um ferro do varal, um gancho de ligação, um rebite das rodas, que foram carpinteiradas e depois quebradas, e reparadas mediante cinchos de freixo talhados à mão, e esse pedaço de ferro sobe, silvando, em direcção ao azul do céu. Passa por cima do gradeamento do jardim, e oh meu Deus, vai cair, vai cair e, na queda, aflora a asa de uma formiga voadora, arrancando-lha, e a formiga, mal dirigida, perdida a estabilidade, vagueia por sobre as árvores como uma formiga que já não presta, e tomba, de repente, sobre a relva onde, Deus meu, está o Joël, o Noël e o Citroën, a formiga cai em cima da bochecha do Citroën e, deparando, possivelmente, com uns restos de doce, pica-o...
— Citroën! Onde estás tu?
Clementina precipitara-se para fora do quarto e gritava, fora de si, enquanto descia as escadas a galope. No vestíbulo, esbarrou com a criada.
—Onde ó que eles estão? Onde estão os meus filhos?
—Estão a dormir — respondeu a outra, com ar de espanto. — É a hora da sesta.
Pois é, ainda não foi desta; mas era perfeitamente plausível. Voltou para o quarto. Com o coração aos pulos. Não há dúvida de que é um perigo deixá-los ir sozinhos para o jardim.

[em O Arranca Corações, Boris Vian (um copy / paste daqui)]

les parents qui ont leurs propres conflits, leurs querelles, leurs drames, sont pour l'enfant la compagnie la moins souhaitable. Profondément marqués par la vie du foyer paternel, ils abordent leurs propres enfants à travers des complexes et des frustrations: et cette chaîne de misère se perpétuera indéfiniment. En particulier, le sado-masochisme maternel crée chez la fille un sentiment de culpabilité qui se traduira par des conduites sado-masochistes à l'égard de ses enfants, sans fin. Il y a une mauvaise foi extravagante dans la conciliation de mépris que l'on voue aux femmes et du respect dont on entoure les mères. C'est un criminel paradoxe que de refuser à la femme toute activité publique, de lui fermer les carrières masculines, de proclamer en tous domaines son incapacité, et de lui confier l'entreprise la plus délicate, la plus grave aussi qui soit: la formation d un être humain.
[...]
Mais il y a peu de crimes qui entraînent pire punition que cette faute généreuse: se remettre tout entière entre des mains autres. L'amour authentique devrait être fondé sur la reconnaissance réciproque de deux libertés; chacun des amants s'éprouverait alors comme soi-même et comme l'autre; aucun n'abdiquerait sa transcendance, aucun ne se mutilerait; tous deux dévoileraient ensemble dans le monde des valeurs et des fins. Pour l'un et l'autre l'amour serait révélation de soi-même par le don de soi et enrichissement de l'univers.

[em Le Deuxième Sexe, Simone de Beauvoir (um copy / paste daqui)]

Master and slave, also, are united by a reciprocal need, in this case economic, which does not liberate the slave. In the relation of master to slave the master does not make a point of the need that he has for the other; he has in his grasp the power of satisfying this need through his own action; whereas the slave, in his dependent condition, his hope and fear, is quite conscious of the need he has for his master. Even if the need is at bottom equally urgent for both, it always works in favour of the oppressor and against the oppressed. That is why the liberation of the working class, for example, has been slow.

[em The Second Sex, Simone de Beauvoir (um copy / paste daqui)]

E para terminar, a última fala de Próspero para Ariel:

My Ariel, chick,
That is thy charge: then to the elements
Be free, and fare thou well! Please you, draw near.

[em The Tempest, William Shakespeare (um copy / paste daqui)]

2007-01-23

[sihen]


“During excessive laughter the whole body is often thrown backward and shakes, or is almost convulsed. The respiration is much disturbed; the head and face become gorged with blood, with the veins distended; and the orbicular muscles are spasmodically contracted in order to protect the eyes. Tears are freely shed [...] Hence it is scarcely possible to point out any difference between the tear-stained face of a person after a paroxysm of excessive laughter and after a bitter crying-fit”.
Charles Darwin
[o] [o]

2007-01-21

miroir plan

.
.

2007-01-20

Tuber magnatum

















Oh vraiment, tout cela n'est rien au prix du fils;
Et si vous l'aviez vu, vous diriez, c'est bien pis.
Nos troubles l'avaient mis sur le pied d'homme sage,
Et pour servir son Prince, il montra du courage:
Mais il est devenu comme un homme hébété,
Depuis que de Tartuffe on le voit entêté.
Il l'appelle son frère, et l'aime dans son âme
Cent fois plus qu'il ne fait mère, fils, fille, et femme.
C'est de tous ses secrets l'unique confident,
Et de ses actions le directeur prudent.
Il le choie, il l'embrasse ; et pour une maîtresse,
On ne saurait, je pense, avoir plus de tendresse.
À table, au plus haut bout, il veut qu'il soit assis,
Avec joie il l'y voit manger autant que six;

[Dorine em Le Tartuffe de Molière, 1664]

2007-01-19

madonna au carrefour



[ooo]

Flaming Creatures

[+] [+]
















OCTAVUS DOCTOR:
Impetro favorabile congé
A domino praeside,
Ab electa trouppa doctorum,
Tam practicantium quam practica avidorum,
Et a curiosa turba badodorum.
Ingeniose bacheliere
Qui non potuit esse jusqu'ici déferré,
Faciam tibi unam questionem de importantia.
Messiores, detur nobis audiencia.
Isto die bene mane,
Paulo ante mon déjeuné,
Venit ad me una domicella
Italiana jadis bella,
Et ut penso encore un peu pucella,
Quae habebat pallidos colores,
Fievram blancam dicunt magis fini doctores,
Quia plaigniebat se de migraina,
De curta halena,
De granda oppressione,
Jambarum enflatura, et effroyebili lassitudine;
De batimento cordis,
De strangulamento matris,
Alio nomine vapor hystérique,
Quae, sicut omnes maladiae terminatae en ique,
Facit a Galien la nique.
Visagium apparebat bouffietum, et coloris
Tantum vertae quantum merda anseris.
Ex pulsu petito valde frequens, et urina mala
Quam apportaverat in fiola
Non videbatur exempta de febricules;
Au reste, tam debilis quod venerat
De son grabat In cavallo sur une mule,
Non habuerat menses suos
Ab illa die qui dicitur des grosses eaux;
Sed contabat mihi à l'oreille
Che si non era morta, c'était grand merveille,
Perchè in suo negotio
Era un poco d'amore, et troppo di cordoglio;
Che suo galanto sen era andato in Allemagna,
Servire al signor Brandeburg una campagna.
Usque ad maintenant multi charlatani,
Medici, apothicari, et chirurgiani
Pro sua maladia in veno travaillaverunt,
Juxta même las novas gripas istius bouru Van Helmont,
Amploiantes ab oculis cancri, ad Alcahest;
Veuillas mihi dire quid superest,
Juxta orthodoxos, illi facere.

[Footnote: This piece is composed of a mixture of dog-Latin, French, &c. and is utterly untranslateable.]

[em O Doente Imaginário de Molière - Não sei o porquê, mas só encontrei esta fala, do Oitavo Médico, no Último Interlúdio, na tradução inglesa (aqui - fazer a pesquisa com a palavra "merda") e em nenhum dos textos franceses consultados (aqui, aqui e aqui)]

profligate

2007-01-16